Usar ou não usar Medicamentos preventivos nas aves e quais deles?

Por
Drª Ana Roberta de A. Coutinho

As aves de cativeiros não são como as aves livres na natureza que mantém um contato constante com uma diversidade de germes, por isso há necessidade de um tratamento especial, como água limpa, filtrada e manter sempre o local onde habita, seja: gaiola, viveiro, passeador bem limpos.

Os complexos vitamínicos, homeopáticos podem ser usados na muda, nos repasses de muda ou após algum tratamento medicamentoso e como preventivos também  de algumas doenças.

Já os vermífugos devem ser usados de preferência uma vez ao ano para uma ave saudável, pois apesar de ser importante uma consulta e exame parasitológico com medicina  veterinária especializada em aves, existem parasitas internos (vermes) que necessitam de um hospedeiro intermédiário como insetos, lesmas, caracóis, baratas, minhocas, besouros, moscas (stomoxis calcitrans) e até mesmo as formigas que são hospedeiras intermédiárias de parasitas internos, e as aves de cativeiro, normalmente não necessitam de exames parasitológicos mensais, mas pode passar pela gaiola de sua ave um desses hospedeiros citados acima e se sua ave for onívora (aquela que se alimenta de tudo, até insetos) ou insetívora, esta ave pode ingerir uma formiga, barata, etc, que passar por sua gaiola ou viveiro, levando assim um verme para contaminar a ave, por isso um controle com exame é importante, porém não se deve descartar o tratamento com vermífugo, que pode ser o mebendazol, excelente substância contra vermes.

Porém com antibióticos deve-se ter um critério ao utilizá-lo, pois podem causar resistência bacteriana, exames de cultura e prescrição médica são extremamente importantes, pois tem que haver um infecção para se usar um antibiótico.

Com os coccidicidas e coccidiostáticos também deve-se haver um critério, com prescrição médica e avaliação clínica do plantel para ver a necessidade de se administrar essas medicações e o grau de exposição das aves ao agentes contaminantes, para se realizar uma medicação "preventiva", mas o ideal é o acompanhamento efetivo do plantel.

Existem medidas profiláticas não medicamentosas:
  • Vassoura de fogo (quando as gaiolas forem de metal), porque estes occistos são persistentes no meio ambiente, devido ao envoltários presentes no oocisto;
  • Evitar entrada de aves silvestres nos criatórios e ratos também;
  • Exame de fezes parasitológicos devem ser realizados.

Conclusão

Portanto, o objetivo desse material é esclarecer algumas dúvidas que possam vir a surgir, quando ao medicamentos que usamos para prevenir as doenças.

As vitaminas são importantes para a manutenção da saúde e para prevenção de doenças decorrentes de perdas nutricionais e também protege fortalecendo o organismo contra doenças virais, que dependem de uma boa imunidade.

Vermífugos protegem de uma possível contaminação por vermes.

Portanto no caso de qualquer dúvida, procure assistência médica veterinária especializada e assim terá, além do diagnóstico, maiores esclarecimentos e um tratamento fidedigno.

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Fonte: Revista Pássaros - Ano 15 - nº 83 - 2011

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