A classe das aves possui aproximadamente nove mil espécies catalogadas em todo o mundo. Elas habitam diferentes ambientes e possuem estrutura para se adaptarem aos mais diversos ecossistemas. Essas adaptações incluem mudanças no corpo do animal, de uma espécie para outra, e podem ser tanto macroscópica, quanto microscópica. Todos esses fatores são analisados por uma ciência chamada hematologia. Ela é fundamental para a manutenção e preservação da saúde das aves.
A hematologia é a ciência que estuda as células do sangue e utilizam como referencial valores baseados em um grande número de exames que é realizado. Esses parâmetros definem o que é saudável e o que não é, caso haja alterações. Na medicina veterinária, acontece o mesmo, com a diferença que as aves possuem diferenciações nos valores referenciais que variam conforme espécie, sexo, idade, período de migração, reprodução, nutrição, entre outros. Todos esses fatores, se não forem bem diferenciados, podem gerar um impasse na hora de interpretar um exame de sangue de pássaros. Muitas aves começam a apresentar sinais de certas doenças quando já estão em estado avançado, dificultando o tratamento. Os exames de sangue ajudam a detectar as doenças antecipadamente nas aves, aumentando a possibilidade de recuperação.
Além disso, o estresse causado durante a coleta de sangue também pode alterar os parâmetros, como o número de leucócitos e hiperglicemia, que sofre alteração em um hormônio chamado cortisol. O procedimento deve ser rápido e eficaz, de forma que os hormônios liberados não afetem a contagem das células na interpretação do exame. O local mais indicado para coleta de sangue é a veia jugular direita, devido ao seu tamanho grande permitir uma coleta rápida.
A anestesia nas aves pode alterar diversos fatores que influenciam na interpretação do exame, tornando inviável o procedimento, caso não tenham referenciados os valores de exames realizados em aves anestesiadas. É importante ainda atentar-se ao risco de estresse que pode ser causado nos animais. Se a ave já estiver muito debilitada, a contenção e o estresse podem agravar o quadro. Em aves saudáveis, o recomendado é retirar cerca de 10% do volume total sanguíneo, o que equivale a, aproximadamente, 1% do peso do animal vivo.
É importante lembrar que os exames não são somente para diagnósticos, mas também para acompanhar tratamentos e que é preciso avaliar as condições físicas do animal e se o procedimento irá prejudicar ou beneficiar a ave.
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Fonte: Nutriave. Disponível em: https://goo.gl/GUUxAQ. Acesso em 23 de dezembro 2017.
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