Alimentos Funcionais Mais do que Nutrição - Parte II

Carotenóides

Alguns alimentos vão além da função nutricional. Atuam de forma preventiva, impedindo o desenvolvimento de doenças, reforçando o sistema imunológico e otimizando o metabolismo. Os alimentos que apresentam estas funções quando ingeridos em pequenas quantidades, são denominados Alimentos Funcionais. Continuando a nossa série sobre estes alimentos promotores de saúde, descreveremos a atividade de alguns Carotenóides.

Carotenóides são pigmentos amplamente encontrados na natureza. São responsáveis pelas colorações amarela, laranja e vermelha, presentes em alguns vegetais e animais. Nos vegetais, são encontrados nas folhas, flores, frutos e raízes. Apresentam uma função vital, pois captam a luz que será usada na fotossíntese, ou seja, auxiliam na obtenção de energia. Nos animais são encontrados armazenados nos tecidos e livres na corrente sanguínea. Atuam como antioxidantes, neutralizando os radicais livres, que são responsáveis pela degeneração de tecidos, inativação de enzimas, alterações no DNA e estruturas das membranas celulares, estimulação de processos inflamatórios e alérgicos, aumento dos níveis de LDL (colesterol ruim) no sangue e desenvolvimento de tumores.

Os carotenóides são considerados nutrientes essenciais para os animais, pois não são sintetizados pelo próprio organismo, devendo ser ingeridos. Em organismos equilibrados, onde os radicais livres já estão neutralizados, estes nutrientes serão armazenados nos tecidos, intensificando a coloração amarela, laranja e vermelha. A coloração das penas proveniente dos carotenóides difere entre as espécies e os indivíduos de uma mesma espécie, sendo dependente do estado nutricional e do metabolismo de cada animal.

Os carotenóides são divididos em: precursores de vitamina A e não precursores de vitamina A. No primeiro grupo podemos citar como exemplo o β-caroteno, carotenóide que apresenta maior poder de conversão e o mais abundante. Na natureza existem mais de 600 tipos de carotenóides, destes apenas 50 são precursores de vitamina A. Entre os não precursores de vitamina A encontram-se o licopeno e as xantofilas (luteínas e zeaxantinas), responsáveis pela coloração amarela das aves.

Tanto a falta como o excesso de vitaminas acarretam prejuízos à saúde animal. No caso da vitamina A, o risco de hipervitaminose pode ser evitado administrando compostos pró-vitamina A, como o β-caroteno. Dessa forma, o β-caroteno será convertido em vitamina A apenas quando houver necessidade, o restante será armazenado nos tecidos.
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Fonte: Jornal Informativo Alcon Dezembro 2008 - nº 14 - pág. 3.

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