Doenças Traqueais e Siríngicas (Rouquidão)

Por
Drª. Ana Roberta de Almeida

A traquéia é composta de anéis cartilaginosos completos (diferentemente da traquéia dos mamíferos) e resiste a compressão ou a esmagamento.

As causas ou os fatos subjacentes que levam a doenças traqueais e siríngicas incluem itens mecânicos, nutricionais, infecciosos, parasitários, traumáticos e neoplásicos.

Os fatores mecânicos incluem inalação de material estranho, geralmente relacionada a alimentos (como sondas alimentares, sementes ou cascas de sementes), mas ocasionalmente de pedaços de placas hiperceratótica desaloja da mucosa oral ou traqueal. Drescrevem-se tampões de muco ressecados, ao nível da siringe. O sinal apresentado é dispnéia súbita e severa.

As causas extra-respiratórias com a hiperplasia ou o aumento de volume tireóideos devido a infecção ou neoplasia são causas comuns de dispnéia progressiva.

Os fatores nutricionais centralizam-se na hipovitaminose A (pouca vitamina A no organismo) e na metaplasia escamosa subsequente. Isso pode levar a placas hiperceratóticas (placas endurecidas) na mucosa traqueal ou a depósitos espessados ao nível da siringe.

Os agentes infecciosos incluem bactérias, vírus, fungos e leveduras, que podem causar inflamação e formação de exsudato (secreção), que resultam em estreitamento da via aérea principal e da dificuldade respiratória.

Os agentes específicos incluem a Chlamydia spp (a bouba aviária difitérica, o vírus da traqueíte e outros paramixovírus aviários), Aspegillus e Cândida spp.

Os microorganismos parasitários de importâncias clinica que invadem a traquéia incluem os ácaros traqueais e dos sacos aéreos traqueais e dos sacos aéreos (Sternostoma tracheacolum) e os vermes-forquilia (Syngamus trachea).

O traumatismo traqueal pode causar danos aos anéis traqueais e estreitamento das vias aéreas, levando a dispnéia.

As neoplasias traqueal e siríngica são raras.

Os sinais comuns incluem:

1. O inicio súbito agudo de dispnéia inspiratória severa; algumas vezes respiração de bico aberto (arquejo);

2. O início gradual de dispnéia inspiratória ou expiratória; um guincho expiratório característico em hiperplasia tireóidea;

3. Tosse e espirros;

4. Sons respiratórios e volume alto ou de sucção ou de estalido;

5. Alteração ou perda da voz, voz rouca ou falhas em notas de canto.

Ocorrendo estes sinais não  tente tratamentos caseiros (própolis, chá de alho, chá de romã, gengibre, antibióticos injetáveis misturados com chás caseiros entre outros), pois estes podem irritar e agredir a mucosa siringica (siringe: é o órgão de vocalização - canto) ainda levando ao fibrosamento e tornando o problema crônico, por isso ao primeiro sinal descrito acima procure assistência Médica Veterinária o mais rápido possível. 

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Fonte: Revista Pássaros

Um comentário :

  1. Eu tenho um passaro esta com este sintoma qual o melhor tratamento para ele

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