Por
Álvaro Blasina
O uso indiscriminado de antibióticos na cria de pássaros e principalmente na época de cria é algo quase que alarmante. Muitos criadores os utilizam de forma sistemática e rotineira, com o objetivo de "bloquear" a entrada de germes patogênicos que possam causar baixas principalmente nos filhotes. Outros, quando aparece alguma mortandade, recorrem imediatamente a um antibiótico para tentar erradicar o mal. Recorre-se portanto ao último recurso, sem o auxilio de algum profissional da área sem antes ter se tentado exaustivamente outros métodos preventivos de significativa importância. A intenção é das melhores. Evitar a mortandade, proteger a saúde dos planteis e desta forma aumentar a produção. A grande pergunta quando chegamos a este ponto, é: será que quando lançamos mão do último recurso (o uso de antibióticos) já fizemos efetivamente tudo que estava ao nosso alcance para evitar que a doença se instalasse? Será que o simples fornecimento de antibióticos via oral poderá definitivamente "varrer" o germe instalado? Desejo antes de mais nada, esclarecer que estas reflexões não tem o menor intuito de invadir o campo veterinário, mas simplesmente analisar do ponto de vista do nosso manejo qual seria o melhor caminho para que nós criadores pudéssemos atingir um nível mais elevado de sanidade e produtividade.
Álvaro Blasina
O uso indiscriminado de antibióticos na cria de pássaros e principalmente na época de cria é algo quase que alarmante. Muitos criadores os utilizam de forma sistemática e rotineira, com o objetivo de "bloquear" a entrada de germes patogênicos que possam causar baixas principalmente nos filhotes. Outros, quando aparece alguma mortandade, recorrem imediatamente a um antibiótico para tentar erradicar o mal. Recorre-se portanto ao último recurso, sem o auxilio de algum profissional da área sem antes ter se tentado exaustivamente outros métodos preventivos de significativa importância. A intenção é das melhores. Evitar a mortandade, proteger a saúde dos planteis e desta forma aumentar a produção. A grande pergunta quando chegamos a este ponto, é: será que quando lançamos mão do último recurso (o uso de antibióticos) já fizemos efetivamente tudo que estava ao nosso alcance para evitar que a doença se instalasse? Será que o simples fornecimento de antibióticos via oral poderá definitivamente "varrer" o germe instalado? Desejo antes de mais nada, esclarecer que estas reflexões não tem o menor intuito de invadir o campo veterinário, mas simplesmente analisar do ponto de vista do nosso manejo qual seria o melhor caminho para que nós criadores pudéssemos atingir um nível mais elevado de sanidade e produtividade.
A nossa proposta consiste em utilizar todos os meios possíveis ao nosso alcance para prevenir a entrada de germes patogênicos na criação e deixar o uso de antibióticos como sendo o último recurso a ser utilizado e dentro do possível, com a ajuda de um médico veterinário especializado que possa nos orientar sobre a forma e o principio ativo mais adequado para cada situação. As infestações podem vir por bactérias, fungos, vírus, ou parasitas. Todas elas se transmitem das mais diversas formas e cabe a nós bloquearmos a entrada destes seres aos nossos planteis. Medidas preventivas existem inúmeros aliados na prevenção de doenças infecto-contagiosas para tentarmos prevenir "surpresas desagradáveis". Alguns extremamente simples, outros de alta tecnologia.
Vejamos algumas delas que consideramos interessantes:
Renovação do ar
O simples fato de renovarmos o ar do nosso criatório, será de por si só, um grande aliado. Onde existe uma super população de indivíduos, também existirá uma superpopulação de microorganismos por eles gerados. Se deixarmos o ar confinado, esses microorganismos aumentarão a sua concentração de forma perigosa e preocupante. A renovação do ar é uma forma simples de "varrermos" o ar contaminado do interior das instalações permitindo a entrada de ar puro isento de microorganismos indesejados.
Entrada do sol
O sol é um germicida eficaz e reconhecido, alem de ser fundamental fonte de energia, favorecimento da absorção da vitamina D, etc.
Higiene
De fundamental importância, este tema é extremamente complexo e de larga abrangeria. A eliminação dos germes de forma direta, eliminando sujeiras, materiais orgânicos, etc. Esta pratica pode ser feita com inúmeros produtos desinfetantes existentes na praça, mas deve se tomar extremo cuidado no sentido de que muitos deles apresentam toxicidade para as aves.
Vestiário
O nosso vestiário, mãos, cabelos, etc., são verdadeiros portadores de microorganismos. Resulta para nós criadores, muito difícil a realização de uma assepsia completa antes de entrar no canaril. De todas formas resulta fundamental a utilização de pediluvio para desinfeção da sola dos sapatos, e a desinfeção das mão antes da entrada no criatório.
Vacinação
Existe uma doença especificamente transmitida por vírus (canari pox) chamada popularmente de bouba que pode ser prevenida vacinando todos os animais anualmente. Considerando que é contra-indicada a sua aplicação em filhotes com menos de 60 dias, geralmente é aplicada quando os últimos filhotes chegam a essa idade.
Quarentena
Quando ingressamos reprodutores trazidos de fora, além de novas características genéticas, podemos estar trazendo novos germes que possam afetar nossos planteis, de forma que resulta recomendável uma fumigação, e coloca-los numa instalação separada que nos permita observar seu estado de saúde por aproximadamente 30 dias e tomar as devidas medidas caso verifiquemos alguma anormalidade na saúde deles. Esta quarentena também pode ser utilizada para isolar exemplares do nosso plantel com problemas de saúde.
Estas são apenas algumas das medidas que poderão evitar dores de cabeça, despesas desnecessárias, uso incorreto de medicamentos, e finalmente, a morte dos nossos pássaros que tanto nos desanima. O uso de antibióticos, antimicóticos, etc. nunca está descartado, mas sempre sendo o último recurso e com o acompanhamento de pessoas profissionalmente capacitadas para indicar o produto certo, dosagem, etc. Boa sorte!
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