Por
Marco Ottaviani
O grande erro dos expositores é não saber identificar quando um trinca-ferro esta “acasalado” com uma fêmea. A confusão é generalizada, pois muitos entendem que um trinca “enfemado” está acasalado, e é nessa diferença que esta o perigo.
O Trinca-ferro “enfemea” normalmente com qualquer fêmea, mas acasala só com uma, e isso se nota em poucos minutos, observando o comportamento do casal. O Trinca-ferro “enfemado” quando você mostra um ao outro, normalmente demonstra algum sinal de agressividade. Enquanto o trinca-ferro acasalado “entopeta” quieto em um canto da gaiola, geralmente oposto, e se conversam com “quem, quem”.
O desempenho de um trinca acasalado tende a ser muito maior do que um enfemeado, pois ele terá como premissa de comportamento defender aquela amada com quem planeja constituir uma família, diferente daquele que ainda procura uma estabilidade de relacionamento com uma fêmea.Muitas vezes ao adquirir um trinca-ferro, a fêmea é desprezada e o acasalamento se desfaz, daí é muito complicado. Seja ela como for, com aspecto feio até com alguma deficiência física não importa tem que manter o casal. Mas se perceber que não estão acasalados, nem adquiro a fêmea, chego em casa e começo um trabalho novo de acasalamento.
Este trabalho requer muita paciência, atenção e consiste em oferecer uma fêmea e observar muito atentamente todos os detalhes. A distância tem de ser grande e ir diminuindo gradativamente até uma plena aproximação das gaiolas. O casal tem que demonstrar harmonia e que se conversam, sendo que mediante a qualquer sinal de agressividade, o processo tem que ser interrompido trocando a fêmea e começando de novo.
Veja que o sucesso nos torneios, na maioria das vezes, não é um acaso, e sim uma observação atenta ao comportamento das aves.
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Fonte: Revista Passarinheiro e Cia Nº89 Ano XVI - Pág. 50.
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